quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Metas para 2021

2020 foi um ano turbulento. E quando escrevo isso, não escrevo sobre COVID-19 e isolamento social, mas sim sobre amadurecimento. De fato eu precisei colocar minha cara no sol e aprender a bater minhas asas. E encontrei muitos interpéries: medo de altura, ventos contrários, cores e luzes novas... posso identificar todos esses dados concretos com que me deparei internamente. 

Esse ano eu fui mais leve e pouca coisa foi um peso. Aprendi a falar tudo o que eu penso e não guardar dados importantes, mesmo que seja muito difícil, assim como deixar o outro responder e participar das minhas decisões. Aprendi que preciso me responsabilizar mais pelas minhas próprias questões. Consegui o estágio que eu queria e, mesmo que por pouco tempo, tive uma experiência maravilhosa nele - que me presenteou com uma amiga incrível. Fui psicóloga de adulto, jovem e criança, mesmo que aos trancos e barrancos, tanto na clínica particular quanto volutariamente. Experimentei 2 clínicas diferentes. Finalmente participei do grupo de estudos de psicanálise, onde conheci pessoas fantásticas. Participei de outros projetos: um workshop online, um projeto de composição e um grupo de telegram sobre saúde mental para vestibulandos de medicina. Fiz uma amiga por mim mesma, aos meus moldes, e senti que isso era possível. Viajei sem os meus pais. Me apaixonei umas par de vezes, nenhuma por gente que fazia sentido na minha cabeça. Continuei fixada em nome de anjo. Tive dates esquisitos e dates legais, com pessoas extremamente aleatórias. Beijei mais esse ano que nos últimos 5 anos, em pleno apocalipse. Namorei um caso antigo, aprendi a língua do ille. Ganhei um anel em colar, tirei o tau. Larguei. Sofri pra caralho. Coloquei o tau e laguei o anel. Cantei de máscara na missa. Comprei tralha pela internet (o que inclui 2 cubos mágicos, 2 baralhos de tarot, 1 skate e 1 boné). Me aprofundei em xadrez, comecei natação e conheci futebol americano. Andei na represa, andei no bosquinho. Dormi 10h por dia e depois 5h. Fiz tatuagens, nem doeu. Fui pro carnaval e usei uma peruca colorida. Voltei com meu canal no youtube de covers, fiquei famosa. Fiz mais de uma entrevista de emprego que não deu certo. Empregos bem legais. Trabalhei na correção do meu TCC, fiz disciplinas do curso de letras. Aprendi um pouco de japonês. Fiz vários instagrans e não alimentei nenhum direito. Quebrei meu celular de novo, descobri minha crença de substituição e perca. Compus muitas músicas novas. Aceitei melhor minha totalidade como ser humano, limpei o predinho e planejei o Instituto Zoé. Fiz cursos diversos e aleatórios: bíblico, networking, psicologia positiva. Voltei a assistir Monk com meus pais e descobrimos This Is Us. Apresentei um trabalho na semana da pedagogia, durmi na casa da minha avó e de uma amiga. Bebi vinho até ficar muito bêbada e cozinhei cookies e guacamole. Fiz a playlist do meu casamento. 

Esse ano eu aprendi sobre a minha identidade de criatura; entendi que toda colheita implica uma escolha e uma separação do resto; me deixei ser quebrada e reconstruída nas mãos do oleiro e caminhei pelo caminho. Tudo isso enquanto contemplava o simples segredo de Maria: guardar tudo no coração. 

Quando uma borboleta aprende a voar e alcança o céu, significa que ela alcançou o seu propósito. E então já está pronta para ir. A expectativa de vida de uma borboleta é baixíssima, oscila de 2 semanas até 3 meses. Parece duro ouvir isso, né? Mas não deveria. A morte faz parte. Quando um ser vivo morre, ele deixa de ser incompleto e retorna à sua totalidade inicial. Ele fecha um ciclo, para que outra vida possa ter lugar. A morte aqui não é apenas uma morte transformadora como em uma metamorfose luminosa, mas uma morte completa. Como se um corpo de borboleta fosse deixado na beira de uma cachoeira e fosse levado pela água. E essa mesma água fosse fonte de vida nova. 

A palavra de 2021 é Zoe. 

E o versículo é "Lázaro, vem para fora!" Jo 11, 43. 

Será um ano difícil, de amadurecimento e alinhamento, mas no âmbito do fazer. 2020 foi um ano de amadurecimento e alinhamento do ser. Foi meu ano sabático. 2021 será um ano profético, onde verei a glória de Deus se cumprir no concreto. Precisarei ser forte, disposta e direcionada. Não será um ano de fé, mas um ano de atitude. O que eu me propuser a fazer, dará certo, mas preciso querer. O que será que eu quero? Muito do que eu começar será decisivo e as escolhas que eu fizer mudarão o curso do resto da minha vida. Ana Beatriz, é necessário deixar a criança nascer. A criança que foi gerada por todo esse tempo de luta e metamorfoses. 


METAS DE 2021


PESSOAL

Me valorizar nas pequenas conquistas 

Me responsabilizar mais 

Me expor menos 

Descobrir meu estilo 

Dar coisas que eu não uso embora (ser mais minimalista) 

Viver mais sem estruturar

Levar a rotina com prazer e flexibilidade 

Ter meu cantinho organizado, tanto pessoal como profissional (predinho) 


SOCIAL

Convidar mais meus amigos pra casa

Conhecer gente mais a minha vibe

Visitar meus avós e meus vizinhos


 LAZER

Rpg

Aula de canto


VIAJAR

Sozinha

Ministério Ruah 

Casa da Helo em Sampa 


VOLUNTARIADO

Geapsc 

Barco hospital 

Intercâmbio para América Latina


ESTÁGIOS

Sesc 

Museu de arte primitivista


TRABALHO

Letras e línguas 

Projetos de música

Pós em abordagem 

Ter um emprego que me dê estabilidade financeira

Canais no youtube (continuar)

Escrever (continuar)


ME ENVOLVER COM 

Grupo de estudo de filosofia Waldorf 

Eventos no Sesc 

Eventos no ibilce

Cultura surda 

Grupo de Psicanálise (Continuar)

Esportes (skate, bale, volei, luta, natação, xadrez, futebol americano)

Alimentação saudável


PESQUISA

Visitar produções antigas e transformar em artigos 

Linguagem neutra 


ESCOLHER 

Jovens Sarados

Santa Cruz 

JMSA e ministério ruah

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