Na bíblia tem uma parábola que conta sobre o joio que nasce e cresce junto do trigo. Eles são muito parecidos, então não dá pra diferenciar até o momento da colheita. Essa parábola faz uma analogia à pessoas que estão realmente comprometidas com Deus e aquelas que não estão, mas hoje, pra mim, não diz respeito à pessoas, mas diz respeito a mim. Dentro do meu coração, existe uma plantação de trigo e também de joio e, muitas vezes, eu tenho muita dificuldade de diferenciar um do outro.
O Pequeno Príncipe conta pra gente, no capítulo cinco, sobre sementes que dão umas árvores bem grandes chamadas Baobás, que tem no planeta dele. Ele pergunta pro piloto se carneiros comem Baobás, porque são árvores que impedem roseiras ou rabanetes de crescerem. O piloto responde que não, porque esse tipo de árvore é muito grande, precisariam de muitos carneiros para comê-las. Então o Princepezinho comenta que, antes de crescer, Baobás são pequenos e, quando pequenos, podem ser mais facilmente comidos por carneiros. Portanto, assim que diferenciados das sementes boas, precisam ser comidos.
Segundo o pequeno príncipe, quanto mais tempo a gente demora para descobrir um baobá, mais damos tempo para que ele cresça. Se um planeta como nós tiver muitos baobás e for pequeno, pode acabar rachando.
É preciso arrancar nossos baobás regularmente. Não é um trabalho bacana (é bem chato, na verdade). Mas é de fácil execução. O passo mais difícil é começar porque, depois de um tempo, desenvolvemos disciplina.
Alguns sentimentos que temos, como raiva, mágoa, inveja e medo, são como joio ou baobás.
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