sábado, 9 de setembro de 2017

Escolher

"As vezes precisamos abandonar a vida que havíamos planejado porque ja não somos mais a pessoa que fez aqueles planos"

Esse é outro daqueles textos em que me despojo do meu lado mais interessante e assumo minha mediocridade. Outra vez sinto que não tenho nada que valha a pena ser compartilhado, mas ainda assim continuo a escrever porque preciso jogar o sentimento fora. Mais do mesmo. Escolhas que não sei fazer, aquilo que não posso ter. Eu sinto que tenho tudo, mas não tenho nada. Quando foi que eu cresci? Quando foi que a minha casca se tornou apertada demais para abrigar minha alma? É surreal o que uma zona de conforto envolvida no status, poder e aceitação podem fazer. Quem sou eu no meio disso tudo? O que há de bom em mim? Qual a minha verdade, no meio de todas as ideologias que aprendi a identificar e desmontar tão agilmente? Quero sair e respirar novos ares, mas tenho medo de ser passageiro. Tenho medo de me perder, de me machucar. Mas onde estou não me sinto encontrada. Continuo sendo Ipê. E, além do mundo, devo enfrentar a mim mesma diariamente - isso é o que mais me preocupa. Quem sou eu? O que ainda deve ser presente, o que deve ficar no passado? Tenho tudo e não tenho nada. E não sei quem sou. Os sonhos vem em conta gotas, por permissão. Sinto que não estou enxergando algo. Qual ponta não amarrei? As situações se repetem... preciso renunciar, mas sou covarde.
Sou um E.T.

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