Esse ano Deus falou comigo através da metáfora da flecha. Deus é como um arqueiro e nós seríamos como flechas em suas mãos. O processo de envio para a missão pode ser visto como uma resposta à batalha espiritual que vivemos hoje. Logo, o arqueiro é o herói, o protagonista, e nos ensina muito sobre sua postura na guerra. O processo acontece assim:
1) ESCOLHA DAS FLECHAS. Um arqueiro bem preparado, sempre escolhe cuidadosamente suas flechas. Não pode ser qualquer uma: cada flecha tem suas caracteristicas específicas, que ditam o propósito para que foram feitas. Assim também é com Deus: Ele cuidadosamente nos escolhe, com nossas características únicas, para propósitos únicos.
“Antes mesmo de te formar no ventre materno, eu te escolhi; antes que viesses ao mundo, eu te separei e te designei para a missão de profeta para as nações" Jr 1, 5
2) NA ALJAVA. Depois das flechas escolhidas, o arqueiro coloca elas na aljava, uma bolsa que fica posicionada bem atrás dele, nas costas, onde ele pode facilmente alcançá-las. Assim também é com Deus. Depois que ele nos chama de forma particular, ele nos reúne em grupos/comunidades, e nos esconde atrás dele. Deus se torna nosso refúgio. É quando aprendemos mais sobre ele, vivemos momentos de intimidade, nos aprofundamos no seu amor gratuito e caminhamos com ele.
3) CUIDADO. Vez ou outra, o arqueiro precisa polir suas flechas, afiá-las, para que estejam sempre no seu melhor estado, esperando o momento da batalha. É um cuidado constante e particular, cada flecha precisa de um tipo de cuidado. Ninguém conhece mais as flechas que o arqueiro. Com Deus também é assim, para cada um de nós, o tratamento necessário. Às vezes, provações, outras, incentivos. Tudo para que, quando a batalha chegar, tenhamos subsídio para lutar.
4) MOVIMENTO. O momento da batalha chegou, e o arqueiro retira a flecha necessária da aljava. O movimento é brusco, rápido. A flecha sai completamente do lugar que estava. Deus faz isso o tempo todo conosco, já percebeu? E se a gente não sabe que faz parte do processo, ficamos perdidos, não entendemos. Ele muda tudo de lugar, mas na verdade quem tá se mexendo somos nós.
5) POSICIONAMENTO. Depois que pegou a flecha, o arqueiro posiciona no arco. Esse momento é quando respondemos à Deus "Eis-me aqui, envia-me" Is 6, 8 e permitimos enxergar o mundo da forma com que ele enxerga. É quando encontramos na missão o sentido para a nossa vida e passamos a praticar concretamente, no nosso dia a dia, sem vergonha, sem medo, sem barreiras.
6) PARA TRÁS. Antes de ser lançada o arqueiro puxa a flecha para trás, para que ela tenha força o suficiente para atingir o alvo. Já percebeu que antes de grandes realizações da parte de Deus, vivemos grandes dificuldades? Como se estivéssemos voltando atrás, ou parados no caminho? Mas não saímos da graça, como pode? É parte do processo, do movimento se flecha.
7) LANÇAMENTO. Finalmente, a flecha é lançada para o alvo, cumprindo o destino para que foi designada, contribuindo para a batalha. O que é uma flecha sem um alvo? Nada, ela foi criada para isso. Se uma flecha não conhece seu alvo, como pode ser lançada para ele? Deus deseja contar com suas flechas. Não apenas porque é um Deus que sela destinos e escolheu precisar de nós. Mas porque quando uma flecha atinge seu alvo, ela encontra plenitude e felicidade.
Além de flechas, o arqueiro tem seus arcos. O arco é aquele que ajuda a posicionar a flecha. Além de flechas, para algumas pessoas que cruzam nosso caminho, somos chamados a ser arco. O meio para que se alcance o fim.
Sou flecha? Quando? Em qual etapa do processo de envio estou?
Sou arco? Para quem? Quem é arco para mim?
Nenhum comentário:
Postar um comentário