sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Ana e o Mar

Eu sempre pulei essa música do Teatro Magico na minha playlist, confesso. Eu tinha inveja da Mariana: ela tinha um mar apaixonado por ela e uma música só pra ela com um trocadilho sensacional. A Ana ficava só no título e parecia ser só a metade de um nome (ou de um alguém), não um nome inteiro.
Mas hoje, ouvindo ela no apse da minha sensibilização aguçada (vulgo sintoma primordial da TPM costumeira de Ana Beatriz), foi como se todo o contexto da música mudasse.
O Mar se apaixonou por Ana, pela seu jeito livre, sonhador, entregue... transparente. Logo ela que tinha tanto medo das ondas. O Mar tinha um turbilhao de ondas. E ela gostava de parar ali, para observar as ondas quebrarem. Deitava na areia e admirava a ambiguidade de sentimentos que o Mar lhe causava. Na simplicidade e verdade, o Mar lhe dava tudo o que tinha de mais belo, todos os seus tesouros, as conchas mais lindas.
Era suficiente.
Tão diferentes... o Mar podia mesmo se apaixonar por uma menina? Não devia gostar de uma lagoa? A gente não escolhe de quem vai gostar...
Ana enfrenta o medo e mergulha... o Mar é mesmo bravo, mas também profundo e salgado... e, imersa nele, ela pode ouvir o som do amor: o silêncio ecoa por todo seu corpo.
Ela se perdeu pra se achar.
É um novo amor, que abre as possibilidades para novas jornadas. As ondas ficam altas, altíssimas. O Mar entende seus hiatos e suas confusões - todo sopro que apaga uma chama reacende o que foi pra ficar.
Deixa lá, deixa ser, deixa estar.
É desse amor que vem Mariana. É pequena e delicada, como uma tulipa azul. É por isso que rouba a cena sempre! Apesar de não ser feita de metades, Ana é uma metade de Mariana. Metade essa que se encontra com metade do Mar. Ana não deixa de existir por inteira (Mariana vem para somar): é o milagre da vida!

Ana + Mar = Mariana...

Um dia! ♡

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